quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

PODERIA TER SIDO UMA TRAGÉDIA

Gilberto Calixto Rios
29 de dezembro de 2014

Piscinas biológicas substituem cloro por plantas

Arquitetura & Design

Piscinas biológicas substituem cloro por plantas

A alternativa é totalmente natural, saudável e não requer o uso de químicos.
14 de dezembro de 2015 • Atualizado às 11 : 44
Piscinas biológicas substituem cloro por plantas
As piscinas biológicas se integram melhor à paisagem. | Foto: Biopiscinas






Trata-se de um sistema de filtragem que utiliza micro-organismos e plantas. Para isso, as chamadas piscinas biológicas são divididas em duas partes: área de natação e área de plantas. A divisão é importante, principalmente, para o banhista não mergulhar entre as plantas, que podem conter insetos e girinos.

Foto: Biopiscina
As plantas são responsáveis por produzirem biomassa, através da fotossíntese, que será consumida pelos micro-organismos. Estes, por sua vez, transformam a matéria orgânica em substâncias inorgânicas (dióxido de carbono, água e sais minerais – nitratos, fosfatos, sulfatos, entre outros) – que são necessárias para o crescimento das plantas e, consequentemente, forma um ciclo de trocas de matéria e energia.

Foto: Biopiscina
É preciso escavar o terreno (de pelo menos 10×15 metros) onde será instalada e utilizar uma tela impermeável para protegê-la. Essa tela ficará invisível após o término da construção e o aspecto será muito semelhante a um lago artificial.

Foto: Biopiscina
As plantas utilizadas neste tipo de instalação são criadas em viveiros por empresas especializadas. As espécies vão purificar a água sempre que liberarem oxigênio, o que ocorre durante o processo de fotossíntese.
Para ter uma piscina deste tipo em casa é preciso contratar os serviços de uma empresa especializada em piscinas biológicas, o que ainda não é muito fácil de encontrar no Brasil. Outra desvantagem é o custo inicial elevado. Em compensação, o investimento para mantê-la é reduzido e o consumidor terá um ambiente totalmente natural e saudável, que não requer o uso de químicos ou cloro.

Foto: Biopiscina
Ela também não requer equipamentos elétricos, portanto não existem custos energéticos. Do ponto de vista arquitetônico, as piscinas biológicas ainda têm a vantagem de se integrarem melhor à paisagem.

Foto: Biopiscina

Foto: Biopiscina

É viável construir ecopolos e ecocidades para toda a humanidade?

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Licenciado sob CC (by-nc-sa)
Se todos migrarmos das atuais cidades, para construirmos ecopolos em locais ambientalmente melhores, não sobrará local livre da intervenção humana direta; urbanizaremos o mundo inteiro.
A maior parte da população mundial reside em cidades.
É indispensável nos apropriarmos coletivamente de tudo que é declarado "público", como tudo aquilo que faz parte do Estado. Tudo que o Estado tem foi retirado do meio ambiente e do bolso do povo.
É inviável que 7 bilhões de pessoas abandonem suas cidades, saindo para construir ecopolos; assim extinguiríamos as áreas virgens e deixaríamos ruínas de cidades espalhadas pelo planeta. Isso acabaria com as rotas migratórias de diversos animais e levaria à extinção muitas espécies, além daquelas já em processo de extinção e das ameaçadas disso.
Uma proposta que não serve para toda a humanidade, não serve para mim.

Reconstruir as cidades atualmente ocupadas e ativas é realmente algo mirabolante, mas elas podem, sim, ser reformadas a ponto de se tornarem ambientes mais saudáveis e quase harmonizados com o resto da biosfera. Sim, por meio de reformas as cidades atuais talvez não fiquem iguais aos projetos de Jacque Fresco, mas poderiam avançar continuamente e rapidamente em direção similar, quanto ao quesito sustentabilidade.
A concentração urbana pode ser amenizada com controle voluntário da natalidade, através de educação e acessibilidade universal gratuita a meios anticoncepcionais eficazes, dentre outras medidas. Uma vez controlada a população, poderíamos restaurar e preservar vastas áreas naturais, como florestas e rios, já que a humanidade teria adotado um modelo civilizatório sustentável, fundamentado no oposto da obsolescência planejada, no reaproveitamento ou reciclagem de 100% dos resíduos, como intenta a Suécia, no uso de energias renováveis e limpas, na abolição de materiais tóxicos, etc.

Para termos a civilização que almejamos, esperaremos o colapso da atual, enquanto vivemos aprazivelmente em ecopolos e similares, desfrutando, posteriormente, do caos socioambiental que invariavelmente atingirá essas instâncias exemplares; ou viveremos proativamente engajados, desde as cidades nas quais residimos atualmente, nos empenhando em mudar a cultura e a política, não para beneficiar umas poucas pessoas conscientes do nosso atual descaminho civilizatório, mas para iluminar a todos que ainda estão cegados pelo egoísmo consumista, mudando o mundo, em lugar de tentar criar um outro, em alguma Terra Do Nunca.

Melhor seria que propostas como o Projeto Vênus e o Equilibrium se adaptassem para atuar internamente nas cidades já existentes, apesar de todo o esforço sociopolítico e cultural necessários. Se muitas mudanças exigiriam drásticas alterações na legislação e nos princípios e valores coletivos, isso não significa impossibilidade, mas que precisamos agir juntos, de forma sistemática, programática e proativa, agora mesmo!

Política* é um mal(?) necessário, quando se trata de relações humanas de pequena ou grande escala; os tecnocratas e cientificistas, por se considerarem superiores, preferem impor, em vez de dialogar.

* Favor não confundir política com politicagem.

P. S.: admiro o Projeto Vênus, assim como o Equilibrium e similares, pois instigam e exemplificam um ideal, ajudando no progresso civilizatório; seu equívoco apenas é o de considerar viável o êxodo urbano mundial, em prol da edificação de ecopolos e novas cidades; algo que moveria o mundo na direção contrária aos seus próprios ideais, isto é, ao colapso ambiental acelerado.