terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

5 Assentamento de Comunidades Urbanas AutoSustentáveis sob Intervenção Multidisciplinar

por Cynthia Esquivel | Fev 14, 2011

No universo brasileiro, onde a exclusão social, econômica e habitacional da população, conflita com o desenvolvimento sustentável dos centros urbanos, defrontamo-nos com o grande desafio de contribuir com alternativas tecnológicas de projeto urbanístico e habitacional, sem nos contrapor aos direitos das gerações vindouras.
Crescer sem destruir é o fundamento da urbanização do terceiro milênio. Ao se melhorar as condições ambientais nas cidades, promovendo a inclusão social, cultural, econômica e tecnológica do cidadão, e sua requalificação humana, evitam-se grandes catástrofes e convulsões sociais, garantindo-se a governabilidade e a paz social.
Nossa missão é preservar a Civilização, inserindo o homem nos Jardins da Nova Era.

O diferencial de nosso projeto
Chegamos ao fim de um ciclo da civilização humana formatado sobre um paradigma que para nós ocidentais, privilegiou o hemisfério esquerdo do cérebro até o seu limite.
Assim como toda ordem se satura no caos, a saturação da competência verbal é o apocalipse desta civilização.
Agora, diante do caos à nossa frente, precisamos catalizar elementos de uma nova organização para um novo código, uma nova ordem, construída sobre um novo paradigma com novos referenciais.
O limiar dessa nova era está nos confrontando com as competências do hemisfério direito, que assume suas funções diante do maior caos que o homem supõe já haver tido sob seu desafio.
Há duas possibilidades para a humanidade neste momento: o suicídio global ou o maior despertar espiritual que o mundo jamais conheceu.
Quem já percebeu que toda a nossa preocupação com ecologia e sustentabilidade nada tem a ver com a salvação do planeta e sim apenas com a preservação de nossa civilização? Por esse motivo é que buscamos assentar comunidades autônomas, preservando o ambiente, a cultura, a saúde através da economia solidária e do direcionamento da tecnologia aos objetivos humanos.
Construir sem destruir é a dominante do III Milênio.

A quem, a quê e porquê este projeto é relevante
A inclusão social das comunidades marginalizadas proporcionará a justiça e a segurança social, foco real das conturbações sociais, verdadeira participação na economia nacional como efetiva inserção na distribuição de renda.
A partir de idéias germinadas na década de 1990 constituí uma equipe de 44 profissionais em âmbito multidisciplinar e fundamos uma OSCIP em 2008: a HabitatBtasil.Org - Agência Metropolitana de Assentamentos Urbanos AutoSustentáveis do Estado de São Paulo.
Como Arquiteta e Urbanista desenvolvi um projeto piloto pronto para ser implantado em qualquer região metropolitana do Estado de São Paulo, do Brasil, e do mundo, incluindo paízes de 3º mundo ou em situação de crise sócio ambiental.

Resultados a serem obtidos através deste projeto
Os sérios problemas que afetam as instituições sociais da vida moderna e causam a grave crise em nossa cultura e civilização são reflexo da falta de habilidade predominante no mundo industrial, tecnológico, capitalista e consumista em fazer frente ao desafio planetário de suportar uma população crescente para além de 6,5bilhões de pessoas famintas de alimento e consumo sobre ele.
Essa devastação predatória é finita e tem prazo marcado para acabar, pondo em risco toda a civilização humana sobre a face da Terra.
Intervenções holísticas e sistêmicas sobre grandes populações podem ser a solução quando se trata de educar para sobrevivermos como espécie.
O Holismo é 1 paradigma emergente com base em 1 rica herança de muitos campos acadêmicos na pesquisa teórica e prática. O Holismo afirma a interdependência inerente da evolução dos seres e nos propõe as bases das intervenções.
Assumir novos valores culturais tornando-os dominantes em suas práticas, incluindo a ênfase na cooperação em vez da concorrência, do uso sustentável dos recursos em vez do consumo desenfreado, da autenticidade na interação humana em vez do interesse fiduciário, da efetividade em vez da burocracia, será absolutamente construtivo para a saúde dos ecossistemas sociais e ambientais, otimizando o desenvolvimento humano.
A individualidade de cada pessoa cumpre 1 papel complementar no grupo e podemos construir 1 verdadeira comunidade, onde o aprendizado se faz com as pessoas aprendendo umas com as outras nas diferenças: são ensinados a valorizar seus próprios talentos e habilidades e a ajudarem uns aos outros.

Descrição do projeto





População a ser impactada com nosso projeto
O maior obstáculo ao sucesso de nosso projeto é a burocracia e os interesses políticos contrários ao poder das maiorias organizadas contrariando e ameaçando as oligarquias.
Se a burocracia governamental permitir, estamos capacitados a assentar 200 famílias a cada seis meses, executando habitações de alta performance tecnológica e baixo impacto ambiental, com educação e capacitação pessoal de todos os indivíduos das comunidades sob intervenção.
Estarão aptos a viver cooperativamente em grupos de economia solidária independentes das economias onde estiverem inseridas.
Serão responsáveis por si mesmos, pelo próximo, pelo meio ambiente, e produzirão para consumo próprio e externo de maneira sustentável.
Tais comunidades serão autônomas em qualquer sistema de governo e virão disseminar uma nova forma de viver e se relacionar neste III Milênio.

Detalhe dos apoios financeiro e não-financeiro
Com as Fundações, ONGs e Oscips estabeleceremos parcerias nas atuações socioambientais.
Com as empresas e a iniciativa privada receberemos incentivos fiscais e doações.
Das agências governamentais e autarquias aceitaremos programas prioritários a serem implementados, se conseguirem nos ver como parceiros e não como ameaças e concorrentes.
E do governo federal o financiamento das habitações sociais, no plano Minha Casa Minha Vida.
Crescer e diversificar a base de apoio nos próximos três anos
Pretendemos executar nossos projetos sociais, culturais, ambientais e urbanos dentro das quatro funções urbanas: habitar, trabalhar, circular e recrear, através de cooperações internacionais que nos apoiem e financiem.

Áreas de intervenção no mercado de melhoria de moradias
Financiamento, Design, Tecnologia, Assistência técnica, Trabalho, Direitos de propriedade, Saneamento, Água, Infra-estrutura, Conservação de energia, Energia renovável, Habitações verdes, Meio ambiente, Geração de renda, Desenvolvimento urbano, Desenvolvimento rural, Participação cidadã/comunitária, Políticas públicas, Proteção de mananciais preservação da fauna e da flora silvestre e da fauna urbana.
Nossa inovação busca solucionar desafios no mercado de habitação social
Buscamos a economia de escala ao construir industrialmente, ainda que com total liberdade de projeto, adequado a cada região e faixa salarial.
Poderemos atender 3 faixas salariais: de 1 a tres salários mínimos, de tres a seis, e de seis a dez salários mínimos, com o mesmo padrão tecnológico.
Para todos haverá programas sociais, culturais e de inclusão em economia solidária, contando com a parceria de outras organização do setor.

A natureza de nossas parcerias
Nossas parcerias contarão com os órgãos governamentais que nos encaminharão as famílias inscritas no programa Minha Casa Minha Vida, inscritas no órgão de financiamento CEF, que nos repassarão os recursos para executar as obras sociais e arquitetônicas.
A iniciativa privada será convidada a financiar os edifícios comerciais e as prefeituras os edifícios públicos que executaremos.
Parcerias a serem estabelecidas
Departamento de responsabilidade social corporativa,
Departamento de marketing,
Departamento de logística.